sexta-feira, 14 de novembro de 2008

O Testemunho de Madre Tereza de Calcutá


Madre Teresa não foi escritora nem oradora; não foi uma intelectual nem uma polemista. Assim ela mesma se definia: "Sou albanesa de nascimento. Agora sou uma cidadã da Índia. Sou também freira católica. No meu trabalho, pertenço ao mundo inteiro. Mas no meu coração, pertenço a Cristo".
Prêmio Nobel da Paz, essa frágil irmã pouco se preocupava com títulos. Quando foram levar-lhe a notícia de que havia ganho o mais cobiçado prêmio da Academia Sueca, voltou-se para as religiosas que a cercavam e convidou-as para um momento de oração.
Uma jornalista americana teve a paciência de recolher os pensamentos dispersos de Madre Teresa, dando origem a um excelente livro, já traduzido no Brasil: "O amor - um fruto perene". É dessa obra os pensamentos que seguem:
Fé: "A fé em ação é amor, e amor em ação é trabalho - portanto, o "modo de se viver" é fruto da fé."
Sucesso: "Não fazemos coisa alguma. É Deus quem faz tudo. Toda a glória deve voltar para Ele. Deus não me convocou para ser bem sucedida. Ele me convocou para ser fiel."
Confiança: "Meu Deus, tu, somente tu. Eu confio em teu chamado, em tua inspiração. Tu não me desapontarás."
Família: "Cristo é o chefe da família, o ouvinte silencioso em toda conversação, o convidado invisível em todas as refeições."
Pobres: "Hoje, os pobres sentem fome de pão e arroz, e do amor da palavra viva de Deus. Os pobres estão sedentos de água e paz, verdade e justiça. Os pobres estão desabrigados, necessitados de um abrigo, de um coração feliz que os entenda, os proteja e os ame. Os pobres estão nus: precisam de roupas, de dignidade humana e de compaixão. Estão doentes: necessitam de médicos, de carinho e de um sorriso sincero. Deus cuida dos pobres através de nós."
Perdão: "Lembro-me de uma vez que retirei uma mulher de uma lata de lixo e vi que ela estava morrendo. Levei-a para o convento. Ela repetia as mesmas palavras: "Meu filho fez isso comigo". Nem uma só vez pronunciou as palavras: "Estou faminta", "Estou morrendo"’, "Estou sofrendo". Apenas continuava a repetir: "Meu filho fez isso comigo". Levei muito tempo para ajudá-la a dizer, antes de morrer: "Eu perdôo meu filho".
Sofrimento: "Hoje, o mundo é um "calvário aberto". Os sofrimentos mentais e físicos estão em toda parte. A dor e o sofrimento entraram em tua vida, mas lembra-te que a dor, o infortúnio e o sofrimento são beijos de Jesus - sinais de que tens estado tão próximo dele que Ele pode beijar-te."
Obediência: "Hoje, em ti, Jesus deseja reviver sua total obediência a seu Pai. Permite que Ele o faça. Não importa como te sentes, já que Ele se sente bem em ti..."
Onde e como Madre Teresa de Calcutá encontrava forças para realizar com amor seu incansável trabalho? Um dia, ela mesma respondeu: "Minha televisão é o tabernáculo". Jesus Cristo era, pois, a fonte de toda a sua inspiração e força: "Cristo em mim: Ele age através de mim: Ele me inspira, me dirige como seu instrumento. Eu nada faço... Ele faz tudo".
É de se esperar que as lições que Madre Teresa deixou à humanidade sejam guardadas com carinho e imitadas por todos. Afinal, por meio de nós, Jesus Cristo quer continuar debruçando-se sobre as chagas da humanidade.

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