sexta-feira, 16 de julho de 2010

Quem foi São Cristóvão ?


Raymundo Quadros* | São Cristovão | 21/08/2008 00h42

Nascido em algum ano do século III da nossa era, na Palestina original, hoje Israel, tinha o nome de Óferus. Relatos da época o descrevem como cidadão de elevada estatura, possuidor de uma força descomunal e de realçado porte atlético.

Dele dizia-se que tinha um ideal, que era colocar-se a serviço do rei mais poderoso do mundo, e após muito caminhar e cheio de decepções co seus senhores, veio a estabelecer-se às margens de um rio no Vale de Xantos (na época era a Região da Lícia, hoje situado na Turquia) e sobrevivia de transportar, nas costas, as pessoas de uma margem a outra desse rio. Aí é que entra e lenda, (ou terá sido verdade?) um elo dia apareceu um menino para ser carregado. A tarefa cotidiana que parecia ser fácil, a medida que ele ia avançando pelas correntezas, o peso se tornava cada vez maior e a criança já era de tamanho fardo que ele exclamou:

- O que é isso menino? Você pesa tanto que parece que carrego o mundo em meus ombros...

O garoto respondeu:

- Tu carregas não só o mundo como o seu autor. Eu sou Jesus, o Rei que tanto procuravas. Vem e me siga...

E coerentemente com seus pensamentos passou a servir a religião cristã, e no batismo, se chamou Cristóvão, ou seja, ?aquele que transporta o Cristo?. Seu apostolado foi na própria Lícia e converteu inúmeras pessoas, inclusive soldados romanos das Legiões do Imperador Caio Décio, que pessoalmente guerreava naquela região. Veio a perecer pelas mãos daquele imperador por volta do ano 250, como um verdadeiro mártir. Foi canonizado no início do século IV.

São Cristóvão, padroeiro dos motoristas, tem seu dia comemorado em 25 de Julho no Brasil e a 10 de Julho na Espanha. Isso, é claro, para a Igreja Católica. No Rio de Janeiro tem sua Igreja Matriz situada no bairro de mesmo nome na Praça Padre Séve, 10.

* - Raymundo Quadros é pesquisador de futebol. Texto extraido de "Chuva de Glórias - A Trajetória do São Cristóvão de Futebol e Regatas", p.13, Pontes Livros, 2004.